“O meio dia, o primeiro, é como o terceiro Céu, feito de pilares de jacinto, 26; em quem os Anciãos se tornam fortes; que Eu preparei para minha própria retidão”, disse o Senhor, “Cuja longa continuidade serão escudos para os dragões curvados e como a colheita de uma viúva.

Quantos existem, que permanecem na glória da Terra, que são e não verão a morte até que esta casa caia e o dragão afunde”.

Afastai-vos, pois os Trovões falaram.

Afastai-vos, pois as coroas do Templo, e a capa d’Aquele que é, foi e será Coroado, estão divididas.Vinde, aparecei para o Terror da Terra; e para o nosso conforto; e dos que são preparados.

Comentários de Aaron Leitch, no livro “Angelical Language vol. I”

A Chamada Oito repentinamente volta a citar Iadbaltoh – e vai ser a última a fazer isso até a Chamada final (aquela dos trinta Éteres). Mais uma vez, Deus está descrevendo o estabelecimento de algum aspecto do Universo.

Nos textos clássicos, a referência ao “meio-dia” algumas vezes indica o Sul. (Esta Chamada vai fazer referência adiante aos “Trovões” – ou Avávago – que na Chamada 4 são ditos reinar no Sul). No entanto, não está claro se o Sul é o significado intencionado para “meio-dia” neste caso. O ângulo Sul de um horóscopo também serve como o zênite, ou o ponto mais elevado dos Céus, através dos quais os planetas e estrelas passam. A primeira linha da Chamada 8 poderia ser interpretada daquela forma, como o meio-dia quando o sol passa pelo zênite.

Deus coloca no zênite uma série de misteriosos “pilares”. O poema não é claro se estes pilares são anjos – no entanto, o locutor irá adiante se referir diretamente a eles na sua conjuração. Portanto, se pode assumir que eles são inteligências angélicas de algum tipo. (A Chamada diz que eles são feitos de “jacinto” – o que pode significar lapis lazuli, uma pedra utilizada para simbolizar o céu noturno).

A Chamada nos diz que os pilares são associados de alguma forma com os Anciões do Apocalipse (primeiramente mencionados em Apocalipse 4:4). Estes 24 seres são descritos como os Anciões tribais (dois para cada tribo hebreia) e conselheiros diretos da Coroa Divina. No ocultismo, são costumeiramente associados com o zodíaco (assim como as tribos) – um Ancião positivo e um negativo para cada signo. (É uma pena, claro, que o número de pilares dados na Chamada é 26, ao invés de 24 para alinhar com o número de Anciãos).

“Cuja longa continuidade serão escudos para os dragões curvados e como a colheita de uma viúva.

Os pilares intentam, enquanto durarem, a agir como barreiras conta os “dragões curvados” (neste caso, o significado de curvado é o mesmo de mergulhar, como uma ave de rapina atrás da presa). Esta imagem me remete às quatro “Torres de Vigia” descritas na magia avançada de Dee, e introduzida pelo Anjo Ave com as seguintes palavras: “As Quatro Casas são os Quatro Anjos da Terra, que são os Quatro Encarregados, e Torres de Vigia que … Deus … posicionou contra o Grande Inimigo, o Demônio” (A True and Faithful Relation, p. 170).

Notas de Tradução

Segue-se aqui a imagem do segundo quarto do dia. O “meio-dia” representa, na especulação anteriormente apresentada, o início da fase de jovem adulto, contemplada dos 21 aos 42 anos (aqui considerando ciclos de 7 anos).

Uma possibilidade alternativa para explicar os “26 pilares de jacinto” é a contagem em anos. Aquele que gozou de infância e adolescência ricas, com boa orientação, educação e direcionamento, certamente obterá a vantagem necessária para se tornar um Ancião forte (nos mais diversos sentidos), pois ele estará em melhores condições de se alinhar com a Vontade da Força Criadora.